“Os alunos querem trabalhar, querem se sentir úteis e quando isso não ocorre, vem a frustração. Se o aluno tem um emprego, vai produzir, vai ter sua renda, é todo um fluxo social e de vida que ele quer e precisa ter. Sem isso, às vezes ele pode ir para a informalidade e acaba sendo explorado. Estes jovens precisam de atenção e por isso precisamos fazer algo por eles”, disse a diretora da APAE, Tânia Altíssimo. Ela também comentou que geralmente as vagas ofertadas são para deficientes físicos, mas tem muitos alunos com deficiência cognitiva que podem trabalhar, dentro das suas limitações.

A Escola Albino Fantin, por exemplo, tem 9 alunos incluídos nos 2º e 3º anos do ensino médio. “Deve haver uma inclusão social e não só escolar. Sabemos que há muitos desafios. Mas vamos trabalhar em rede e dar os primeiros passos, amadurecendo a ideia para que tenhamos resultados positivos”, disse a coordenadora Carmen Freddo.

A ACIAP entra nesse processo como um elo entre APAE e escolas com os empresários da cidade. “Precisamos preparar os empresários e colaboradores para receber e acolher estes alunos incluídos e dar todo suporte necessário, com acompanhamento, explicações, etc. Pois acreditamos que teremos empresas parceiras sim, no entanto, elas precisam estar seguras, informadas e ter assistência de profissionais da área para aderir à ideia”, comentou a presidente da ACIAP, Ana Santos.

Agora o grupo encaminha as próximas atividades e ideias para iniciar o processo de sensibilização e repasse de informações para a sociedade empresarial.